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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

#Ciência ONU adia decisão sobre colocar um segundo a mais em 2012

A União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência das Nações Unidas responsável por manter os padrões de horários entre os países, decidiu adiar até a próxima semana a decisão sobre colocar ou não um segundo a mais em 2012. Alguns países, liderados pelos Estados Unidos, querem o fim da prática de sincronizar relógios com a adição de um segundo. Outros, como o Reino Unido, a defendem.

Esse segundo a mais, também chamado de “segundo extra” ou “segundo bissexto”, é adicionado ou retirado de um ano para sincronizar os relógios com a rotação da Terra.

A última vez que isso aconteceu foi em 31 de dezembro de 2008. A próxima adição de um segundo está prevista para 30 de junho de 2012.

O porta-voz da UIT, Sanjay Acharya, informou que os governos não conseguiram chegar a um consenso sobre o assunto e devem voltar a debater o tema em Genebra na próxima semana. Segundo ele, no entanto, é provável que uma decisão formal sobre a abolição dos segundos extras não saia antes de 2015.

Entenda

A questão é fruto do “excesso de pontualidade” dos relógios. Os horários oficiais dos países são controlados por relógios atômicos, que são extremamente precisos. O problema é que a própria Terra não é tão precisa quanto eles.

Um “dia” é, astronomicamente, determinado pelo tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno de seu próprio eixo. Só que esse movimento não tem uma velocidade fixa. Às vezes a Terra é um pouco mais rápida; às vezes, mais devagar. Ao longo dos anos, essa variação deixa nosso horário desatualizado.

O segundo extra em 2012 seria colocado ao final do dia 30 de junho, no horário universal (GMT). Ou seja, o dia 1º de julho não começaria após 23 horas, 59 minutos e 59 segundos do dia 30 – ele começaria após 23 horas, 59 minutos e 60 segundos.

Pode parecer pouca coisa, mas os pesquisadores explicam que, sem esses ajustes, ao longo de algumas centenas de anos, os relógios podem ficar completamente fora de sincronia. Ou seja, o que para a gente seria meio-dia, poderia ser, na verdade, 10h da manhã.

Estados Unidos, França e Japão, entre outros, são contra essa sincronização porque ela atrapalha funções importantes controladas por computadores – como comunicações, transações financeiras e controles de tráfego e energia. Eles defendem que o horário na Terra seja controlado apenas pelos relógios atômicos – sem ligação com a rotação terrestre. Reino Unido, Canadá e China defendem a sincronização.

Fonte: G1, em 19/01/2012

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