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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

#Sociedade 2012 é o ano da Rio +20

20 anos se passaram desde que o Brasil sediou a Eco '92... Vocês lembram? Collor ainda era presidente, o nosso dinheiro era o Cruzeiro (Cr$) e a poupança da classe média a Dona Zélia tinha surrupiado...

Bom, coisas ruins aconteciam no Brasil, estávamos cada vez mais subdesenvolvidos (o que reforçou nos anos tucanos no poder...). Mas, pela primeira vez na história, o Brasil sediava um evento da ONU, o primeiro grande congresso mundial que tratava do meio-ambiente.

Logo Rio+20

O Rio de Janeiro recebeu milhares de pessoas (representantes de governos e da socidade civil) de todo o mundo para debater o tema. Muitas decisões foram tomadas e pouquíssimas aplicadas de lá para cá, principalmente pela dificuldade de mobilizar os países desenvolvidos, responsáveis pelos maiores impactos ambientais.

Vários fóruns foram realizados pela ONU de lá até hoje... Todos com resultados aquém dos esperados....

Para tentar reverter essa situação, acontece agora em 2012, novamente no Rio de Janeiro, entre os dias 20 e 22 de junho, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD, na sigla em inglês), ou apenas Rio+20. O objetivo da Conferência é assegurar um comprometimento político renovado para o desenvolvimento sustentável, avaliar o progresso feito até o momento e as lacunas que ainda existem na implementação dos resultados dos principais encontros sobre desenvolvimento sustentável, além de abordar os novos desafios emergentes.

Os dois temas em foco na Conferência serão: (a) uma economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e (b) o quadro institucional para o desenvolvimento sustentável.

Cúpula dos Povos

Também em junho, as organizações da sociedade civil e movimentos sociais e populares de todo o Brasil e do mundo participam do evento autônomo e plural, denominado Cúpula dos Povos da Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD).

Há vinte anos, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio 92) e o ciclo social de conferências das Nações Unidas que a ela se seguiu discutiram os problemas globais que afetam a humanidade e pactuaram uma série de propostas para enfrentá-los (as Convenções sobre Mudanças Climáticas, Biodiversidade, Desertificação, a Agenda 21, Carta da Terra, Declaração sobre Florestas, Declaração de Durban, entre outras). Mas aquilo que deveria ter sido o início da reversão das situações de miséria, injustiça social e degradação ambiental frustrou boa parte das esperanças depositadas nesse processo.

Sete bilhões de seres humanos vivem hoje as seqüelas da maior crise capitalista desde a de 1929. Vivem o aumento gigantesco da desigualdade social e da pobreza extrema, com a fome afligindo diretamente um bilhão de pessoas. Presenciam guerras e situações de violência endêmica e o crescimento do racismo e da xenofobia.

O sistema de produção e consumo capitalista, representado pelas grandes corporações, mercados financeiros e os governos que asseguram a sua manutenção, produz e aprofunda o aquecimento global e as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade, a escassez de água potável, o aumento da desertificação dos solos e da acidificação dos mares, em suma, a mercantilização de todas as dimensões da vida.

Para entender tudo que vai acontecer, vale a pena visitar e navegar em alguns sites:


Por fim, vale a pena relaxar 45 minutos em frente ao computador e assistir ao vídeo com Aron Belinky, do Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20 (CFSC). Nele, fica tudo bem explicado, inclusive as questões de debate que serão colocadas de forma mais efetiva.

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