A diversão, no entanto, virou coisa séria, e duas de suas invenções já têm patentes registradas em nome dele no Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
Uma das criações, o SMD (Semi Metalic Disc), é uma alternativa mais barata ao CD convencional, pois utiliza uma quantidade menor de metal na fabricação.
"O disco custa R$ 1,40 para ser produzido e chega ao consumidor final por R$ 5. É uma forma de combater a pirataria e de garantir maior volume de vendas para o artista", explica Ralf, que já utiliza a mídia em seus álbuns.
Mas como ele descobriu o talento para invenções?
"Sempre gostei de criar. Em todos os discos com o Chrystian, fiz as capas e cuidei dos projetos. Minhas invenções são idéias simples, que as pessoas têm, mas não colocam em prática."
Além da versão mais barata do CD, criada em 2003, há mais dois projetos. Um deles, o chuveiro modular, também foi patenteado. "A idéia surgiu porque sempre que eu tomava banho com meus filhos, alguém ficava no frio esperando. Com esse chuveiro, todos os BBBs poderiam tomar banho ao mesmo tempo", diverte-se, referindo-se aos participantes do reality show da Globo.
Segundo o cantor, por ser modular, o chuveiro - que vem em formato de placa, e não na forma tradicional - pode ser instalado em um teto inteiro. "Por ser feito de acrílico permite que a pessoa veja a água da cor que ela quiser, pois o sistema de iluminação que o acompanha é de LED, e a água reflete a cor da luz." O chuveiro ainda não foi fabricado, mas Ralf diz que a produção está em negociação com chineses.
Outra invenção é uma cadeira para ser usada por dentistas - ainda em fase de testes. "Percebi que os profissionais têm problemas na coluna, então fiz uma cadeira em que se apoia todo o tronco, os braços e a cabeça, com ajuste de posição."
Dupla deixou as gravadoras
A dupla Chrystian & Ralf não trabalha com gravadoras há mais de dez anos e, atualmente, lança seus discos em SMD (Semi Metalic Disc) - formato com custo mais baixo inventado por Ralf. "Sou cantor profissional desde os nove anos, comecei a ganhar dinheiro cedo e hoje estou bem. Não criei o SMD por dinheiro, mas porque vi que a música perdeu muito com a pirataria", diz o cantor, que tem uma parceria com a fabricante Microservice para produzir CDs em SMDs.
"Minha maior gratificação é ver meu escritório mandando entre 15 e 25 discos de artistas diferentes por semana para a Microservice. É uma chance viável para artistas independentes e para músicos conhecidos que sofrem com a pirataria."
Fonte: Jornal Agora SP, em 01/02/2012
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