De acordo com o índice, 51,25% da população brasileira têm acesso ao computador, à internet, ao celular e ao telefone fixo, contra 49,1% da média mundial. O país com a maior taxa de inclusão digital é a Suécia, com 95,8%, seguido pela Islândia e Cingapura, ambas com 95,5%. Nas últimas colocações da lista, estão a Etiópia (8,25%), República Centro-Africana (5,5%) e Burundi (5,75%), todos no Continente Africano.
Na avaliação do economista da FGV e responsável pela pesquisa, Marcelo Neri, o Brasil está no meio do caminho em termos de inclusão digital. “O Brasil é um copo meio cheio ou meio vazio, depende da maneira como se vê”, disse. Segundo ele, nos próximos anos, o acesso ao telefone celular será decisivo.
O campeão da inclusão
O estudo avaliou também a inclusão digital nos municípios brasileiros. Das mais de 5 mil cidades listadas no Censo 2010, o maior índice de Itic é de São Caetano do Sul, cidade do ABC paulista, com 82,6%, seguido por Santos, no litoral de São Paulo, com 78,19%, Florianópolis, em Santa Catarina, com 77,06%, Vitória, no Espírito Santo, com 76,60%, e Niterói, no Rio de Janeiro, com 76,03%.
No ranking nacional, a primeira posição é de Florianópolis (77,06%), seguida por Vitória (76,60%) e Curitiba (75,88%). São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília ocupam a 19ª, 20ª e a 21ª posições no ranking nacional.
Na América Latina, Venezuela (62%) tem o maior índice de acesso às tecnologias da informação por pessoa, seguida pelo Chile e Uruguai, ambos com 55%. Na Argentina e na Colômbia, os percentuais são 54% e 51% respectivamente, acima do indicador brasileiro.
Classe AB lidera gastos
No total das despesas digitais, houve um aumento de 22,98% no período de 2003 a 2009. Os gastos relacionados aos serviços de internet e equipamentos de informática foram as que mais cresceram – 319,69% e 73,23%, respectivamente. Na quebra das despesas por classe econômica, o estudo evidencia o baixo índice de inclusão digital da população de baixa renda, com o predomínio da classe AB. Mesmo assim, a classe E, apesar de possuir os menores níveis de gastos com tecnologias digitais, foi a que teve maior aumento, de 47,51%, entre 2003 e 2009.
Fonte: TI Inside, em 31/07/2012
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