Os manifestantes, em torno de 20.000 segundo a polícia, fizeram passeatas após serem convocados pelos sindicatos e partidos de esquerda na segunda maior cidade do país, gritando slogans como "quem tem que pagar a crise é o capitalismo" ou "nacionalização dos bancos".
Mas em seu discurso, feito na Feira Internacional de Tessalônica, o primeiro-ministro chamou os gregos a "continuar fazendo os esforços e sacrifícios" que permitiram, na opinião dele, "salvar o país da bancarrota".
"Promovo esta batalha sem pensar no custo político, é uma batalha para a sobrevivência da Grécia. Ou realizamos juntos, ou afundamos", afirmou.
Entre as medidas que devem ser adotadas rapidamente e que se somam à reforma do sistema de previdência e ao corte de salários dos funcionários públicos, Papandreou mencionou a adoção de um "novo marco regulatório para a manutenção dos hospitais", para, segundo ele, "colocar ordem nesse setor".
Também se comprometeu em "abrir" para o mercado profissões fechadas, como a dos camioneiros, reestruturar o Orgão Público das Ferrovias, muito endividado, assim como outros órgãos públicos endividados, e liberalizar o mercado de energia", em referência à supressão do monopólio da empresa pública de eletricidade.
Prometeu proteção "aos desempregados e outros grupos frágeis da sociedade, com um aporte de 3,5 bilhões de euros procedentes sobretudo dos programas europeus", assim como "a simplificação dos procedimentos para as empresas, destinados a promover os investimentos, o desenvolvimento verde, a pesquisa e a inovação".
Mas para os manifestantes, as consequências sociais do drástico plano de reajuste são inaceitáveis no dia a dia.
"Querem que o povo pague, mas são os industriais e os banqueiros que levaram o dinheiro", gritava Manolis Spathis, 24 anos, recém-formada em economia, que viajou de Atenas para protestar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário