Faz um panorama rápido desde janeiro de 1872, quando nasce oficialmente o bairro. A Corte mantinha uma fazenda com escravos na região, a Fazenda dos Macacos, mas surge lá boa parte da resistência negra.
A Vila Isabel foi palco de diversos movimentos abolicionistas, confirmando desde o começo a tradição de luta por justiça social. Enquanto outros bairros mantêm hoje muitos generais e senhores de terra nos nomes de ruas, a Vila possui uma grande quantidade de abolicionistas homenageados (Visconde de Abaeté, Souza Franco, Torres Homem, Hipólito da Costa, Luis Barbosa, entre outros).
Braguinha, Nei Lopes, Pixinguinha, Noel Rosa e Martinho da Vila são alguns dos craques da poesia que já passaram e ainda passam pelo bairro. Noel, claro, é o mais lembrado. E não é à toa. Nasceu, viveu e morreu aqui, sempre na mesma casa, por 26 anos.
"Feitiço da Vila", nome emprestado ao curta, é um dos melhores sambas de todos os tempos. A emoção que dá ao ouvir "Sol, pelo o amor de Deus não venha agora, que as morenas vão logo embora" é indescritível. Como na letra, São Paulo dá café, Minas dá leite e Vila Isabel dá samba.
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