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domingo, 6 de janeiro de 2008

Eu dancei a "tarrachinha"!!!

Galera!!!

Comecei o ano bem!!! re, re, re...... Na sexta-feira (04/01/2008), fui em uma festa de angolanos e dancei a tarrachinha. É uma dança que pegou lá na Angola e que vc dança com a mulher, com ela se esfregando em você!!!

Rapaz! É foda se segurar!!!! HAHAHAHAHAHHAHA

Querem o melhor? Dancei com a filha de um general angolano que é o adido militar no Brasil!!!! Tô fudido, assim!!!! re, re, re.....

ABRAÇOS a TODOS!!!!

Aí embaixo vai um texto que explica um pouco sobre a música em Angola... E tb seguem alguns vídeos da tarrachinha!!!!

Divirtam-se!!!!!!

Eu já me prometi que vou estar na próxima festa de Angola!!!! HAHAHAHAHAHHAHA

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BLOG RAÍZES E ANTENAS

19 Setembro, 2007

Tarrachinha - A Música Mais Sexy do Mundo (e Outras Músicas de Angola)


A paz em Angola - depois de décadas de guerra (primeiro a guerra contra as tropas portuguesas, depois uma guerra fratricida igualmente sangrenta) - proporcionou o desenvolvimento de variadíssimas e riquíssimas formas musicais e a sua divulgação interna e externa. Não que muita música não se fizesse e gravasse antes - vejam-se as gravações contidas na caixa «Angola», já referida há alguns meses neste blog, ou na recente compilação «Os Reis do Semba», todas feitas durante os anos finais de dominação portuguesa - ou as inúmeras gravações de artistas de kizomba editadas ainda durante a guerra civil. Mas, nos últimos anos, outros géneros foram nascendo e crescendo com uma força imparável: a versão muito própria e angolana do hip-hop e também o kuduro e a tarrachinha. De todos estes estilos, antigos ou modernos, damos conta a seguir.

O espantoso documentário «Mãe Ju» (na foto que encima este texto), realizado por Kiluanje Liberdade e Inês Gonçalves, é um espelho quase perfeito do que é um alfobre de novas músicas - assim como se fosse uma Factory de Manchester transposta para um bairro pobre de Luanda e reconvertida numa espécie de barracão com bola de espelhos incorporada, o botequim da Mãe Ju. Realizado paralelamente à preparação da exposição «Agora Angola» (foto das noivas, ao lado), «Mãe Ju» mostra os fazedores e dançarinos de kuduro e da mais recente tarrachinha no local em que, segundo eles, estas músicas nasceram e se desenvolveram. Nele estão nomes como DJ Znobia, Puto Português, Gata Agressiva, Nacobeta, Come Todas ou Bobani King, nomes de ponta do bem conhecido kuduro mas também da tarrachinha. E o que é a tarrachinha (ou tarraxinha ou tarracha)?... É tão só um kuduro despido de muita da sua carga interventiva, com beats mais lentos e letras de forte carga erótica, mas igualmente electrónico e feito com samples. Mas o resultado é inacreditável: a música é quente, erótica, pulsante; dançada quase como se o casal (homem e mulher) mexessem apenas as ancas, corpo colado ao outro corpo, «roça roça» ou «esfrega esfrega» - nas palavras dos protagonistas - ou, em palavras de escritor, José Eduardo Agualusa, no seu recente e maravilhoso livro «As Mulheres do Meu Pai»: «É uma dança de um erotismo violento. Supera em muito tudo o que vi (e vi bastante) nos bailes funk das favelas cariocas. A moça enrosca-sa ao peito do rapaz, segurando-o pela nuca, e vai-se atarraxando a ele com lentíssimos movimentos dos quadris».

Há letras - e sons! - de tarrachinhas que fariam o «Je T'Aime Moi Non Plus», de Serge Gainsbourg, ou o «I Feel Love», de Donna Summer, parecerem aulas de catequese. E há, percebe-se bem vendo o filme (e ouvindo-se muita da música contida nos discos de que se fala a seguir), que há uma linha invisível que une muitas das músicas angolanas: o semba tem uma continuidade óbvia na kizomba e esta na tarrachinha; o hip-hop à angolana evoluiu naturalmente para o kuduro, na mesma medida em que, noutros locais, o hip-hop influenciou decisivamente o kwaito sul-africano, o baile funk brasileiro ou o reggaeton latino-americano. Na Mãe Ju, é possível um kuduro feito ao vivo dar lugar, naturalmente, a uma tarrachinha ou uma kizomba ter como contraponto imediato uma... tarrachinha. E atrevo-me a dizer - embora sem grau absoluto de certeza - que a tarrachinha é o culminar perfeito, a súmula quase completa de todas estas músicas já referidas: do semba e da kizomba pelo lado do calor, do sexo, do contacto. E do hip-hop e do kuduro pela parte «mecânica» de como a tarrachinha é feita. Desses outros géneros, aqui representados por quatro discos recentes e disponíveis em Portugal (via lojas ou sites), fazem-se curtas fichas a seguir:

Na sequência lógica da caixa «Angola» - e com as mesmas estruturas envolvidas (os arquivos da Valentim de Carvalho, a pesquisa da equipa da Difference Music e com distribuição da Som Livre) - surge agora uma maravilhosa colecção de sembas gravados durante os últimos anos de dominação portuguesa. Infelizmente parco em informação de carácter musicológico - tal como já acontecia na caixa «África» -, o livreto do disco aponta porém os locais em que o semba (género musical antigo, já referenciado em Angola desde há séculos) resistia a outras músicas, importadas, durante os anos 50 do séc. XX: os musseques, bairros pobres de Luanda, onde o semba era preservado, amado e dançado, evoluindo naturalmente com a chegada de instrumentos novos, eléctricos. Nas gravações presentes em «Os Reis do Semba» - álbum que reúne 50 temas de numerosos grupos e artistas angolanos dos anos 60 e 70 - as guitarras eléctricas e os órgãos competem com percussões acústicas na criação de uma música que faz a ponte entre as músicas tradicionais angolanas com as músicas anglo-saxónicas emergentes, abrindo espaço para a criação posterior da kizomba.

Mais de 50 mil exemplares!!! Foi isso que vendeu a colectânea «O Midjor di Kizomba», editada o ano passado pela Farol - e não se pense que foram só africanos a comprar o disco. Na continuação, o recente «O Midjor di Kizomba 2», a Farol volta a apostar em alguns dos nomes já presentes na primeira compilação e juntou-lhe alguns outros. Artistas angolanos, cabo-verdianos e imigrados na Europa, todos juntos em mais um caldeirão de dança pura, na festa desta música que tem as suas raízes no semba, os ramos no zouk das Antilhas e algumas folhas já a serem «contaminadas» pelo hip-hop ou o R&B. Artistas como Philipe Monteiro, Paulinha, Irmãos Verdades, Roger, Miss S, Isidora, Contu Nobo, Mel, Micas Cabral, Scarlette... E, como bónus, um DVD com mais aulas de como bem dançar kizomba e vídeos de dois dos artistas presentes (Roger e Paulinha).

Banda-sonora de um documentário que ainda aí vem, a colectânea «É Dreda Ser Angolano» (edição da U-hu Fazmisso! Filmes, com o apoio da Rádio Fazuma) contém parte da música captada nas gravações feitas para o documentário em Luanda. O ponto de partida, contam, é o Conjunto Ngonguenha (que aqui dão voz ao tema-título), mas nela estão também muitos outros nomes que protagonizaram o álbum «Ngonguenhação», do Conjunto Ngonguenha, e outros MCs e Djs emblemáticos da cena hip-hop angolana. A lista de participações na compilação é impressionante: Conjunto Ngonguenha, Conductor, Ikonoklasta, Keita Mayanda (os três do Conjunto Ngonguenha), Phay Grand, MCK, Cocas o FSM, Leonardo Wawati, Das Primeiro e Os Turbantes. E, ouvindo-se o álbum (à venda no site da Fazuma pelo preço simbólico de cinco euros), fica a certeza de que o hip-hop em Angola é uma voz livre na luta contra a corrupção e outros males da sociedade e, por outro lado, uma música que, apesar de ser devedora do hip-hop norte-americano, nela estão contidas - em samples, em ritmos, em cadências - muita música local: sembas, kizombas e, obviamente, kuduro (o último tema, d'Os Turbantes, é kuduro puro e duro).

Finalmente, e em «raccord», o último disco deste lote é o CD que reúne os melhores temas de dois discos de Dog Murras - um dos expoentes máximos do kuduro -, editado pela Frikyiwa de Frédéric Galliano, o mesmo que editou «Frédéric Galliano Presents Kuduro Sound System». E «Um Golpe na Obscuridade», assim se chama este álbum de Dog Murras, é uma surpresa para quem poderá ter do kuduro a ideia de esta ser uma música primitiva, simplista, até boçal. Dog Murras é um MC de voz potentíssima, grave e marcante, uma voz que está sempre ao serviço das mensagens fortemente politizadas do cantor. E, na sua música, há inúmeras referências a músicas tradicionais angolanas, batuques a servir de contraponto às programações electrónicas, coros que só poderiam sair de Angola. É um disco extraordinário, para pôr ao lado, nos escaparates da modernidade - de uma modernidade feita de elementos locais e/ou globais -, dos álbuns de M.I.A., dos Konono Nº1, dos Bonde do Rolê e, claro, dos Buraka Som Sistema. A descobrir com urgência.

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VIDEOS!!! VEJAM COMO É BOM DANÇAR ISSO!!!! HAHAHAHAHA



Um comentário:

Anônimo disse...

ui ui ui danças como uma sigana mais iu remexe bem beijooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooosssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss100000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000