O Dia Nacional do Choro foi criado oficialmente em 4 de setembro de 2000, quando foi sancionada lei originada por iniciativa do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola de Choro Raphael Rabello. No Estado de São Paulo, existe também o Dia Estadual do Choro, comemorado no dia 28 de julho. Foi neste dia, no ano de 1915, que nasceu um dos principais expoentes paulistas do choro, o "Garoto", nome artístico de Aníbal Augusto Sardinha.
Música Naquele Tempo, de Pixinguinha
É comum ouvir dizer que o choro é o "jazz brasileiro", já que as semelhanças entre os dois gêneros são muitas. Dentre as semelhanças históricas, podemos citar que nasceram sob influência da música africana, trazida para a América pelos escravos, e da música européia, trazida pelos colonizadores oficiais. Embora o choro remonte à segunda metade do século XIX e o jazz tenha se estabelecido no princípio do século XX, há muitos elementos musicais semelhantes entre eles, como é o caso da improvisação.
Tanto o choro quanto o o jazz nasceram sob influência da música africana - trazida pelos escravos e passada a seus descendentes - e da música européia - trazida pelos colonizadores oficiais. Muitos chorões pioneiros, como Joaquim Callado, Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth eram mulatos. Nos Estados Unidos, a repressão sobre os escravos era muito grande, devido ao puritanismo predominante naquela sociedade. Lá era permitido aos escravos apenas os "cantos de trabalho" (blues), sem percussão, o que refletiu de forma diversa sobre a rítmica do jazz.
Marcus de Ros interpreta a música Infernal, de Garoto
No Brasil, a cultura musical negra foi menos reprimida durante a escravidão, sendo permitido aos escravos o uso de percussão, inclusive em festas católicas. Assim, o choro tem uma riquíssima herança rítmica africana, proveniente do lundu e do batuque, que preservou a síncope característica africana, à qual os chorões acrescentaram harmonia e estrutura melódica de origem européia (polca, schottish, mazurca, entre outras).
Hamilton de Holanda interpreta Gostosinho, de Jacob do Bandolim
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