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quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Sobre os estafados de plantão

Apesar do atraso, segue um post sobre a manifestação (?????) ocorrida sábado passado (18/08) na Praça da Sé, em Sampa.
Para quem não acompanhou (no que fazem muito bem crianças) esse movimento (??????????) com um dos nomes mais esdrúxulos (Cansei! - UI!!!) já criados, a dita manifestação teve como pilar de sustentação e principal braço político a OAB-SP na figura do seu honorabilíssimo presidente Luiz Flávio D'Urso (que não se perca pelo nome). Seu principal mentor foi ninguém mais, ninguém menos que João Dória Jr.; e o mais pitoresco...teve como madrinhas : Hebe Camargo, Ivete Sangalo, Ana Maria Braga e Regina Duarte. Todas as figuras citadas são internacionalmente reconhecidas por seu passado de ativismo político e trabalho social absolutamente inquestinável.
Bom, mas vou deixar quem entende do riscado falar por mim; segue um singelo post retirado do Blog do Mino, esse senhor que não tem qualificação nenhuma para falar dessas pessoas de tão íntegro e ilibado caráter e estofo moral...
Vejam que absurdo:

Cansados na praça

Duas mil pessoas, segundo a polícia, cinco mil segundo os promotores, participaram hoje, em São Paulo, na praça da Sé, da manifestação organizada pelo Movimento Cansei. Como se sabe, a elite está cansada das mazelas e dos riscos que sofre em país onde, sempre e sempre, fez e desfez com a certeza da impunidade. A polícia cuidou de manter afastados os freqüentadores habituais da praça, transformada, de três décadas para cá, em corte de milagres. Meninos de rua, punguistas, ambulantes, oradores improvisados, saltimbancos, mendigos, hoje não tiveram acesso ao território que lhes ofereceram, de graça, a incúria e o descaso dos senhores fatigados. O satrapa da OAB paulista, um certo D’Urso, não se aproveitou da elevação do palanque para deitar falação alentada, deixou a tarefa para outro da sua turma, capaz de confessar, em lágrimas, falta de coragem para tomar um avião e visitar a filha e a neta, que moram no além mar. Não foi esclarecido se a triste situação é da responsabilidade direta do presidente da República, certo é que manifestantes próximos do palanque assumiram o papel de coro grego para soletrar aos brados: Fora Lula. Insistiu D’Urso sobre o caráter apolítico do congraçamento cívico e não faltaram referências à pátria, a mesma que, segundo o doutor Johnson, é “o último refúgio dos canalhas”. O doutor em questão não é sócio da Johnson & Johnson. Até então à sombra, o Iconoclasta Mor, João Dória Jr., caiu das nuvens quando perguntado pelos repórteres, numerosos e excitados, sobre os objetivos políticos do movimento. E não hesitou em recordar seu pai, esquerdista declarado, cassado pela ditadura. Chegou a sorrir diante de perguntas tão esdrúxulas. Em compensação, uma advogada saída para a calçada da sede próxima da OAB, e acossada por populares dispostos a aparentar alguma irritação com a pantomima, revidou asperamente e disse que a pretensa atitude apolítica dos cansados é “mentirinha de ocasião”. Populares apareceram, de fato e um deles gritou: “Ivete Sangalo, vim aqui para ver você”. Outro disse, ao se retirar: “Eu estou cansado é de trabalhar”. Recordo duas manifestações anteriores na praça da Sé, uma com direito a culto ecumênico, em memória de Vlado Herzog, o jornalista assassinado no Doi Codi da rua Tutóia por torturadores (surpresa?) incompetentes. Naquele dia 31 de outubro de 1975 havia dez mil pessoas apinhadas na catedral e nas escadarias. A outra é o comício das Diretas-Já, certamente contestado por muitos cansados atuais, ou por seus pais. Quinhentas mil pessoas lotaram a praça, dia 25 de janeiro de 1984.

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Preciso dizer mais, ou quer que eu desenhe com hidrocor?

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